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Comércio mostra otimismo para vendas até fim do ano

Datas comemorativas do 2º semestre prometem aquecer negócios


Após longos dias de frio, o sol e o calor estão de volta. A mudança climática é um fator conhecido no calendário da moda, pois marca o fim da tendência outono/inverno e o início da primavera-verão. O período tende a movimentar o segmento do vestuário, com a renovação do guarda-roupa do consumidor, que deixa os casacos de lado para utilizar tecidos mais leves.


Além disso, o comércio varejista mineiro como um todo deve se beneficiar dessa época do ano, marcada por datas importantes como o Natal. Dessa forma, a expectativa de vendas para 2022 é positiva, segundo especialistas.


O economista-chefe da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Guilherme Almeida, aponta alguns eventos que motivam o otimismo para as vendas.


“Primeiro, ocorre o processo de flexibilização da atividade econômica, decorrente do abrandamento da pandemia. Isso faz com que a população retome a circulação em centros comerciais, aumentando a propensão ao consumo, a confiança dos agentes econômicos e, por consequência, o fluxo de vendas”, afirmou.


De acordo com o economista, outros fatores como os indicadores positivos do mercado de trabalho e a injeção de recursos por meio de políticas de transferência de renda para a população mais vulnerável também resultam em um maior consumo.

“Por fim, cabe destacar a influência da sazonalidade para o calendário varejista que o fim de ano produz. Historicamente, as vendas são impulsionadas pela presença de datas comemorativas, cujos apelos emotivos e/ou comerciais contribuem para alavancar as vendas. Na ponta da renda, o pagamento do 13° salário tende a injetar recursos que, em certa medida, são convertidos para o consumo”, completou.


A economista da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Ana Paula Bastos, destaca a positividade do mercado em razão das datas comemorativas. No entanto, é mais cautelosa na expectativa de crescimento na comparação com as vendas de 2021.


“A tendência é que o comércio seja mais aquecido do que ano passado, porém, não é um crescimento tão alto como nos anos anteriores, pois estamos ainda em um cenário com um pouco de incerteza e com inflação alta, principalmente na parte de alimentos, então as pessoas gastam mais com bens de primeira necessidade, mas a perspectiva do comércio é positiva, primeiro porque nós temos agora quatro datas muito fortes: Black Friday, Dia das Crianças, Copa do Mundo e Natal”, salientou.


Custos para o empresário

Em 2022, os custos para o empresário também aumentaram devido à alta na inflação. Apesar disso, nem todo custo está sendo repassado no preço final para o consumidor, de acordo com Ana Paula Bastos.


O segmento de vestuário, que sofreu bastante com as restrições da pandemia, também foi um dos mais prejudicados com os aumentos inflacionários. Conforme Guilherme Almeida, “se considerarmos apenas o custo de itens do segmento de vestuário, a inflação ao produtor, ou seja, aquela que atinge a cadeia produtiva, apresenta um aumento de 19,59% no acumulado em 12 meses até agosto (Fabricação de produtos têxteis – IPP/IBGE)”.


Ainda segundo o economista-chefe da Fecomércio-MG, “a inflação ao consumidor, medida pelo IPCA, indica que, no mesmo período, o preço ao consumidor variou 17,44%, o que, em certa medida, indica uma absorção na cadeia de parcela do aumento dos custos. Porém, é preciso considerar que, para as operações da empresa, outros custos estão envolvidos, como aluguel, serviços essenciais (água, energia, Internet etc.), mão de obra, dentre outros. Dessa forma, há sim, um impacto de custos para as empresas do segmento”.


FONTE: diariodocomercio.com.br

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