Segundo o birô de crédito, a demanda no segmento financeiro deve ser estimulada pelo 'Desenrola', programa de renegociação de dívidas do governo
A demanda do consumidor por crédito medida pela Boa Vista no primeiro semestre aumentou 4,9% na comparação com igual período do ano passado. Na variação mensal, avançou 0,2% entre os meses de maio e junho.
Em relação a junho do ano passado, a alta foi de 0,1%. E na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, a demanda cresceu 2,9%.
As aberturas do indicador apontaram na mesma direção na comparação mensal, alta de 0,4% no segmento “Financeiro” e de 0,1% no “Não Financeiro”.
Por outro lado, enquanto o segmento “Financeiro” avançou 1,9% entre o primeiro e o segundo trimestres, o “Não Financeiro” caiu um pouco, 0,3%.
Na comparação interanual as aberturas também caminharam em direções opostas, similar ao que foi observado no mês anterior, com alta de 1,0% no segmento “Financeiro” e baixa de 0,5% no segmento “Não Financeiro” em junho.
No primeiro semestre o “Financeiro” registrou elevação de 12,1%, enquanto o “Não Financeiro” apontou leve queda de 0,2%.
Em 12 meses, o crescimento do segmento “Financeiro” continua em desaceleração, passando de um aumento de 14,1% em maio para um avanço de 13,1% na aferição atual.
No segmento “Não Financeiro” o indicador mais uma vez conseguiu reduzir seu ritmo de baixa e agora registra variação de -4,2%, ante -4,6% até o mês de maio.
“O segmento ‘Financeiro’ continua desacelerando, como era esperado, mas a desaceleração até o final do ano pode acabar sendo um pouco menor do que imaginávamos. Isso porque as maiores instituições financeiras já aderiram ao ‘Desenrola’. As renegociações já começaram agora em julho e há uma expectativa de que isso possa ter um efeito positivo sobre a oferta de crédito”, diz Flávio Calife, economista da Boa Vista.
FONTE: dcomercio.com.br
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