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Demanda do consumidor por crédito cresce 0,6% em janeiro

Apesar da alta mensal, o ritmo do crescimento da demanda está diminuindo, e deve seguir em desaceleração por causa do aumento das restrições na oferta


A demanda do consumidor por crédito avançou 0,6% entre dezembro e janeiro, a quarta alta seguida na variação mensal segundo dados dessazonalizados da Boa Vista. Também foi observado aumento de 3,2% no trimestre encerrado em janeiro, na comparação com o trimestre imediatamente anterior.


Na variação interanual, a alta foi de 7,2%, mas esse crescimento não foi capaz de reverter a desaceleração do indicador na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, que passou de 4,5% em dezembro para 3,8% em janeiro.


“O ritmo de antes está perdendo força, lembrando que em janeiro do ano passado a demanda havia crescido 16,2% em comparação ao mês de janeiro de 2021”, informa a Boa Vista.


No mês de janeiro, a alta veio da abertura referente ao segmento “Financeiro”, que subiu 1,4%, enquanto o segmento “Não Financeiro” apresentou estabilidade. Mas no trimestre móvel ambos apresentaram elevação, o “Financeiro” de 5,2% e o “Não Financeiro” de 1,9%.


Na análise de longo prazo o crescimento no segmento “Financeiro” continua em desaceleração. Após ter encerrado 2022 com crescimento de 15,8%, com os dados de janeiro essa taxa de crescimento recuou para 15,5%.


Já no segmento “Não Financeiro” ocorre aceleração da tendência de queda, que passou de -3,0% em dezembro para -4,0% em janeiro.


“A perda de ritmo na demanda está ficando mais clara agora. O risco deve fazer com que as restrições aumentem, de modo que parece improvável uma reversão dessa tendência no curto prazo. A inadimplência subiu consideravelmente no ano passado e parece haver espaço para um novo aumento, embora isso possa mudar artificialmente como resultado do programa federal de renegociação de dívidas, o ‘Desenrola’. A experiência recente mostrou que o efeito positivo de medidas como esta se dissipa rápido, então, a demanda por crédito deveria ser mais cautelosa agora, assim como a concessão tende a ser” diz o economista da Boa Vista, Flávio Calife.


FONTE: dcomercio.com.br

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