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Marcas próprias ganham destaque com alta da inflação

Apesar da inflação, a estratégia de marcas próprias tem crescido globalmente e gerado inevitáveis conflitos na relação varejo-indústria.


O segmento de marcas próprias apresentou crescimento no valor de vendas de 3,5% globalmente, segundo estudo encomendado pela Abmapro (Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização) à NielsenIQ.


Quando olhamos para a América Latina essa alta é de 27,4%, enquanto que no Oeste Europeu foi de apenas 0,3%. A pressão inflacionária contribuiu para esse aumento nas vendas em todas as regiões mundiais.


“A marca própria segue com tendência de crescimento no mundo e em especial no Brasil. As últimas crises mundiais em muito favoreceram o crescimento pela busca de produtos similares aos tradicionais de mercado, que entregam a proposta a que se destinam, com economia de até 30%”, diz a presidente da Abmapro, Neide Montesano.


“O interessante nesse processo é entender como a marca própria ajuda quando a inflação aumenta como está acontecendo globalmente. O consumidor que trocar suas compras de produtos tradicionais por produtos de Marca Própria, praticamente não sente a inflação e tem um dinheiro que sobra em seu bolso para adquirir produtos que não acessaria”, complementa.


Ainda de acordo com o levantamento, as marcas próprias estão presentes em 40% dos lares brasileiros, com crescimento de 5,5 pontos percentuais entre o ano passado e este ano.

Os principais drivers das marcas próprias são preço, qualidade, disponibilidade e recomendação. Além disso, desenvolvimento de marca própria apresenta diferentes etapas, exigindo estratégias direcionadas para cada.


De acordo com a Abmapro, os itens de marca própria custam até 30% menos do que as bandeiras tradicionais.


O setor de farmácias foi um dos que mais ganharam destaque entre todas as categorias analisadas. A pesquisa revela que 71% das categorias de contribuição para crescimento de marca própria no canal Farma estão em média 36% mais baratas que a média de preços da categoria.


Exemplo de marca própria em destaque no mercado

A rede varejista C&A Brasil lançou recentemente a sua marca própria de cuidados pessoais, a Bel&za. Trata-se de uma iniciativa inédita da multinacional holandesa, que está presente em mais de 20 países da Europa, América Latina e Ásia. “É uma continuidade do projeto ‘área de beleza’, que mostra a importância que a categoria tem não só para a C&A, mas também para as clientes. A proposta é oferecer produtos que sejam complementares à jornada de compra, criando uma conexão total entre moda e cosméticos”, diz Monteiro.


A marca chega às lojas com 12 itens corporais e para o banho, como loção hidratante, creme para as mãos, body splash e sabonete líquido. “Ao observar o mercado e realizar a escuta com nossas clientes, entendemos que os cuidados com a pele estão entre as principais tendências desse ano e também que essa é a base inicial necessária para qualquer rotina de beleza”, explica a executiva.


Por que os varejistas tem ampliado a estratégia de marcas próprias?

Além da inflação, que é o principal gatilho de crescimento das marcas próprias na economia, outros motivos aparecem em destaque. O nível de informação do consumidor é maior, que compara rapidamente preço e benefícios com ajuda de ferramentas digitais; fidelização e competitividade com a diferenciação de produtos no ponto de venda; a crescente pressão por rentabilidade e a alta demanda por soluções em tempo recorde, minimizando a exigência do consumidor por marcas conhecidas.


Estratégia de marcas próprias no mundo

Globalmente, as marcas próprias respondem por 19,4% do valor das vendas de produtos de giro rápido, segundo informações da NilsenIQ. Entretanto, a participação de mercado pode variar muito de acordo com a região.


Sem dúvida, estas marcas desfrutam de uma tendência positiva na Europa. Nesta região, o formato de loja de desconto é líder do canal no varejo, vendendo grandes marcas próprias contra grandes marcas de fabricantes e atendendo a uma necessidade chave do consumidor: relação custo-benefício.


Na Europa Ocidental, as marcas próprias representam 36% do mercado, mas mostram uma tendência à estagnação. Os mercados mais importantes em termos de participação de mercado provêm desses países:

  • Suíça (52%)

  • Reino Unido (44%)

  • Espanha (42%)

  • Bélgica (38%)

O interessante é que nos Países Baixos, os artigos de marca própria estão registrando aumentos de preços ainda maiores do que os dos principais fabricantes. 


FONTE: negociosdebeleza.beautyfair.com.br

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