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Por que o serviço de personalização está em alta no mercado de beleza brasileiro


Por que o serviço de personalização está em alta no mercado de beleza brasileiro (Foto: Dario Matos)

Diversidade, inclusão e sustentabilidade são pilares que passaram a nortear a decisão de compra do consumidor. Nem sempre os três juntos, claro, mas as marcas que encontraram o equilíbrio entre eles, e nasceram no digital ou intensificaram suas presenças na internet, conseguiram sobreviver e crescer no último ano. É o caso de empresas de xampus e condicionadores que deram ao cliente a possibilidade de participar do processo de criação de seu próprio produto, com a ajuda de inteligência artificial e engenheiros químicos. De quebra, o novo modelo de negócio ajudou a diminuir o desperdício gerado pela indústria ao abrir mão da larga escala. A MeuQ, marca de haircare lançada oficialmente em janeiro de 2020, por Pedro Nunes e Dimitri Ribeiro, é prova disso, com um crescimento de 250% acima do esperado para o primeiro ano – e no meio de uma crise mundial.

“As pessoas estão ressignificando o que é beleza e entendendo o que as tornam únicas. Nós nascemos para ajudar as pessoas a fugir das categorias impostas pela indústria tradicional”, explica Pedro. A partir de 33 ingredientes e seus princípios ativos, podem ser feitas diferentes fórmulas. Na hora de criar seu próprio xampu, o cliente precisa preencher um formulário composto por etapas: como é o seu cabelo (tipo, estrutura, tipo de raiz e possíveis tratamentos químicos); quais são os objetivos (brilho, definição de cachos, controle de oleosidade, por exemplo); qual a fragrância e intensidade dela; o nome da fórmula e a cor do produto. “Estamos preparando uma estratégia de cronograma capilar com assinatura mensal para lançar ainda neste ano”, diz o empresário, que pretende fornecer também informações capilares customizadas para os clientes. Parte desta movimentação começou recentemente com o Glossário MeuQ.


Agora, no Instagram da marca, existe uma série de posts que incentivam a compreensão das fórmulas, fazendo com que seus consumidores entendam mais sobre os cuidados com o cabelo e, também, saibam personalizar de maneira mais adequada com as próprias necessidades.


De acordo com o WGSN (birô de tendências de consumo e design), em pesquisa sobre o futuro da beleza para a Foreo, os produtos de beauté feitos sob demanda são uma espécie de evolução do slow beauty (prática de consumo consciente) e uma resposta às antigas estruturas da sociedade. “Agora que o consumidor está mais ciente da sua individualidade, a personalização em massa se torna comum, mas o sucesso deste modelo também é uma resposta à sensação de falta de controle que a pandemia gerou em nós”, diz Julia Curan, consultora sênior de mindset da WGSN.


Na JustForYou, pioneira no segmento de personalização de produtos para cabelos, a aceitação também foi evidente. “Entre janeiro [mês de lançamento, apesar de a empresa existir desde 2018] e dezembro de 2020, crescemos 22 vezes; e, no primeiro trimestre de 2021, já fizemos 70% do resultado do ano passado. Além da individualidade ser muito importante para nós, temos feito um trabalho de educação capilar desde o começo. Percebemos que o brasileiro não conhece o seu cabelo de fato e, por isso, erra na hora de responder ao formulário. Quem dirá na hora de escolher um produto limitado nas gôndolas de farmácias ou supermercados”, questiona Rodrigo Stoqui, fundador da companhia ao lado de Caio Vinícius de Santi e Alex Eduardo Domingos.


Fonte: vogue.globo.com

Imagem: Dario Matos

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