No acumulado do ano, os registros cresceram 13,3% na comparação com igual período de 2022. Em 12 meses, a alta é de 20%
Depois de duas quedas consecutivas na comparação mensal, os registros de inadimplentes na base de dados da Boa Vista voltou a subir. Entre os meses de maio e junho a alta foi de 0,4%. Mesmo com o resultado, o número de inadimplentes recuou 0,7% no segundo trimestre, na comparação com os primeiros três meses do ano.
No confronto com junho de 2022, os registros aumentaram 9,1%, fechando o segundo trimestre com elevação de 8,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Os resultados acumulados se mantiveram numa tendência de crescimento desacelerado. No ano, a alta que até maio era de 14%, passou para 13,3% com os dados de junho. Na análise acumulada em 12 meses o indicador aponta agora um crescimento de 20%, ante 20,3% em maio.
“A taxa de desemprego ainda está em nível menor em comparação a 12 meses atrás, apesar de ter subido no ano, e a renda real está crescendo de forma acelerada. Juntos, esses fatores devem fazer com que o número de novos registros desacelere”, diz Flávio Calife, economista da Boa Vista.
Mas, segundo ele, ainda é preciso ter cautela porque “o comprometimento de renda das famílias ainda é alto, sendo que próximo do quarto trimestre é possível que a renda real comece a desacelerar.”
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO
Já o indicador de recuperação de crédito da Boa Vista avançou 0,8% na comparação mensal, após também ter registrado duas quedas mensais consecutivas, e encerrou o segundo trimestre com estabilidade (0,0%), de acordo com dados dessazonalizados.
Em relação ao mês de junho do ano passado foi observado mais um aumento robusto, de 17,1%, e isso contribuiu para manter a curva de longo prazo do indicador em ritmo acelerado de crescimento, passando de 18,0% para 18,6% entre os meses de maio e junho na análise acumulada em 12 meses. No ano, especificamente, o indicador acumula alta de 16,2%.
“O indicador de recuperação têm mantido um ritmo de crescimento forte e esse ritmo pode ganhar ainda mais força depois que o programa de renegociação de dívidas do governo estiver pronto. Seria natural esperarmos uma aceleração desse número e depois uma desaceleração mais acentuada”, diz o economista da Boa Vista.
FONTE: fecomercio.com.br
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