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Turismo brasileiro mantém perda de um terço do seu tamanho em relação a último ano pré-pandemia


O turismo nacional segue coletando prejuízos em meio à pandemia, mantendo-se como um dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19. Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que o faturamento de R$ 8,45 bilhões em abril deste ano foi 38,3% menor do que aquele registrado no mesmo mês de 2019, o último período pré-pandêmico.


A análise da pesquisa deste mês não levará em consideração a comparação com abril de 2020 porque, naquele mês, o turismo nacional chegou ao seu fundo do poço, com queda histórica do faturamento, o que distorceu as relações estatísticas da série histórica. Assim, embora o resultado de agora tenha sido 36,5% maior do que o do ano passado, ele oferece apenas uma falsa sensação de otimismo – ao contrário das comparações com 2019, que apresentam uma conjuntura mais precisa da situação.


A perda, em torno de R$ 70 bilhões, quando acumulados os resultados desde o início da pandemia, começa a se recompor com o ganho mensal. Para a Federação, o principal problema deste número é que, ao contrário do comércio, o setor turístico não conseguirá repor estas perdas no futuro, porque tudo que não foi vendido até agora foi, de fato, perdido.


Porém, a Federação também vislumbra um horizonte menos turbulento: com o avanço da vacinação em todo o País, as empresas turísticas já relatam aumento na demanda por viagens no fim deste ano – a maioria delas dentro do Brasil, já que o dólar alto e as restrições à circulação de brasileiros no exterior tendem a represar o turismo fora do Brasil.


Restrições à circulação represam retomada

Como tem sido a tônica do desempenho financeiro do turismo brasileiro desde que a crise de covid-19 começou, a retração mais expressiva foi registrada na aviação civil, que perdeu dois terços do seu tamanho (61,7%) em abril na comparação com o mesmo mês de 2019. O segmento tem experimentado um cenário de baixa demanda e, consequentemente, de queda na oferta de assentos.


O grupo de alimentação e alojamento (hotéis e pousadas) aparece na segunda posição entre os mais impactados negativamente: estes agentes turísticos perderam quase metade do seu faturamento mensal (44,3%) neste mês de abril na comparação com aquele cenário pré-pandêmico – apesar de terem ficado com a maior fatia entre todos os grupos analisados (R$ 2,3 bilhões).


Os números se explicam, na análise da FecomercioSP, pelo fato de ambos os grupos se encadearem entre si: com menos voos comerciais, há também menos gente circulando por hotéis, restaurantes e bares em destinos turísticos. Vale lembrar que o mês de abril foi marcado por fortes restrições de circulação em muitos Estados brasileiros, em meio ao avanço de covid-19 no País.


Já as atividades culturais, esportivas e de recreação, também importantes para o turismo, caíram 37,9% em abril. Para a Federação, a retomada delas depende, com ainda mais intensidade, da vacinação, porque são as que atuam com grandes públicos.


As locadoras de veículos, agências e operadoras turísticas, por sua vez, tiveram recuo de 12,2%, e mesmo os transportes terrestres, como empresas de viagens interestaduais, intermunicipais e internacionais – que estavam sendo beneficiadas pela queda da demanda na aviação civil –, perderam 8% do seu faturamento em abril. Porém, da mesma forma, a expectativa é que essa atividade puxe a retomada do turismo nacional, como um todo, quando as viagens internas voltarem a ocorrer.


Fonte: FecomercioSP

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